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BLOG DO TOTONHO: CRENÇAS E PADRÕES NEGATIVOS

Vocês, com certeza, já ouviram as famosas generalizações negativas tipo: "nada está bom", "tá tudo ruim", etc. São crenças ou padrões negativos que as vezes repetimos e que não representam a realidade e só trazem efeitos ainda mais negativos para nossa realidade. Leiam sobre isso no meu artigo de hoje no Blog do Totonho:

Os sentimentos aos quais damos força e o foco de observação fazem muita diferença na análise de qualquer questão. Podem, até mesmo, ser utlizados como meio de reforçar crenças nada saudáveis ou de fazer surgir falsos "mitos" e ineficazes "salvadores da pátria". Quando observamos pessoas fazendo, com frequência, uso de generalizações e dizendo "nada está bom", "nada funciona", "a cidade está triste e sem graça", etc., percebemos que tais falas soam como "mantras", repetidos até mesmo de maneira descontextualizada em uma conversa. Geralmente, falas como essas originam-se de grupos com interesse em vender ideias de falência de serviços públicos para propor privatizações e, com isso, garantirem seus altos lucros enquanto a população soma perdas. Outras vezes, intencionam promover nomes como se fossem os únicos capazes de solucionar um problema ou de melhorar uma situação ruim. E muitos desavisados compram, de olhos fechados, essas falas e passam a repeti-las ou a idolatrar os falsos mitos, como se, a eles, bastasse assumir o posto de gestão para que até o sol nascesse com mais brilho. Pura ilusão. Ao morderem essa isca e comprarem tais discursos, as pessoas acabam perpetuando os velhos, crônicos e perversos hábitos em uma sociedade. Acabam entregando serviços estratégicos e de infraestrutura a setores sem comprometimento público que terminam por encarecer os serviços e mantê-los em baixa qualidade (temos vários exemplos, basta puxar pela memória e querer enxergá-los). Acabam elegendo, para os mais diversos cargos, nomes cuja conduta está repleta de atos não republicanos, ilegais e imorais, mas que investiram alto na propagação de tais "mantras", como se tudo estivesse ruim e fosse melhorar com a chegada deles ao poder. São velhas estratégias, utilizadas repetidamente pelos mesmos que, há décadas, delas se beneficiam.
A parte da sociedade que compra tais ideias parece sofrer de cegueira cognitiva. Os escândalos estão aí, claramente demonstrados, são de conhecimento público, mas, ainda assim, essa parte da sociedade simplesmente se cala, passa por cima e aceita-os como se normais fossem. Assim, vão deixando pra trás valores e condições que até ontem tinham como imprescindíveis para alguém ser eleito, e eis que temos uma total inversão de valores. Temos excelentes nomes sendo preteridos em prol de velhos e conhecidos ardilosos do poder.
Lamento, lamúria, negatividade, nada disso pode nos conduzir a um melhor caminho, inclusive em nossa vida pessoal. Quando temos uma questão a resolver, o ato de lamentar, de reclamar e de enfatizar o lado ruim e penoso da questão certamente levará ao aumento do peso do problema. O potencial doloroso e ruim dobra de tamanho, consome o dobro de nossa energia e, ao invés do discernimento necessário para pesar pós e contras e do raciocínio claro para sugerir e analisar soluções, restará o raciocínio obtuso e a sensação de falta de alternativas, pois o foco negativo rouba a energia que permitiria uma melhor análise da questão. E assim também funciona na egrégora social.
Nada irá melhorar se cada ser não melhorar, se não houver mudança dos perniciosos hábitos sociais e se cada ser persistir em se deixar levar por lamúrias e lamentos. É fato que todos nós já cometemos erros, já nos equivocamos, isso é natural e saudável. Entretanto, é preciso saciar a sede de conhecimento e sanar as dúvidas em fontes fidedignas, abrir a mente para conhecer outros caminhos. O que não é saudável e que torna uma sociedade adoecida moralmente e estancada no tempo é a repetição dos mesmos erros, a aceitação cega do negativismo ardiloso e a falta de coragem de ir além e buscar caminhos diferentes dos mesmos já trafegados.

Luciana G. Rugani
Uma experimentadora da arte 

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