Em meu artigo de hoje, no Blog do Totonho , faço mais uma interessante analogia de questões relacionais humanas com a natureza, ou, mais precisamente, com as águas do mar: Domingo passado (23), seria o início do festival de surf em Saquarema (RJ), porém o mar permaneceu tranquilo, sem ondas, e o início do festival foi adiado. Marcaram o festival, porém se esqueceram de combinar com o mar! Ou melhor, caso houvessem com ele conversado, poderiam tê-lo conhecido melhor e, consequentemente, saberiam que ele tem o ritmo dele, a vontade dele, e que o único que o manipula é o Poder Criador, a Energia Divina que, por sua onipresença, também não cabe em nenhuma personificação. A imagem dos atletas, na praia, olhando atentos para um mar que, tranquilo e sem nenhuma vontade de se agitar, prefere brincar com pequenas marolas, prefere interagir com crianças ou com quem esteja também buscando paz e sossego, me fez pensar em como seria o mar caso ele permitisse ser manipulado pela vontade humana. Os s

Arroz-doce Gosto de ver os grãos unidos embaixo da canela salpicada Tanto quente como frio O doce remete a dias passados Mas também aos atuais. Quando no fogo Espalha pela casa o cheiro da canela em pau. Um ou outro pedaço de queijo aquecido no conjunto também cai muito bem. No dia seguinte O gosto se concentra ainda mais. Lembro-me de dias doces Ou faço doce o meu hoje Quisera comer à vontade Como outrora na infância Porém, hoje, tanto não posso Quiçá um pouco por vez Para adoçar a lembrança. Luciana G. Rugani, 26/6/24

Caros leitores, Apresento pra vocês meu mais recente projeto de divulgação de arte e poesia nas redes: projeto "Arte na Rede". O projeto "Arte na Rede" já está em sua terceira edição, e todos os vídeos serão disponibilizados no meu canal do Youtube, Luciana G. Rugani .  Na primeira edição, faço uma homenagem ao povo cigano e declamo meu poema "Amor Cigano". Na segunda edição, falo sobre o mais recente lançamento da minha confreira na Academia de Letras e Artes de Cabo Frio - ALACAF, Ana Carolina Moreira. E na terceira edição, falo sobre a antologia "Florbela por Elas", em homenagem à escritora portuguesa Florbela Espanca. Participo dessa antologia junto com outras 15 escritoras. A antologia pode ser baixada gratuitamente. Maiores informações, basta assistir ao vídeo. Seguem: Arte na Rede - 1ª edição Arte na Rede - 2ª edição Arte na Rede - 3ª edição Luciana G. Rugani

Na noite dessa sexta-feira (21), aconteceu a inauguração do diretório municipal REDE/PSOL para a pré-candidatura de Rafael Peçanha à prefeitura de Cabo Frio.  Foi uma noite de festa, mas também de reflexão em razão da responsabilidade da missão da qual todos, que somos realmente progressistas, estamos imbuídos. Um trabalho de transformação, de construção de algo mais ético e verdadeiro em nossa sociedade, é algo que se faz diariamente, e que segue muito mais além que apenas uma eleição. E precisa ter base sólida, sem falsos pilares, e em que predomine a coerência.  Hoje, a única pré-candidatura que realmente representa a luta pela democracia, a luta pelo meio ambiente contra a ganância desenfreada que toma conta da região e que tem alinhamento de fato com uma sociedade mais ética e mais humana é a pré-candidatura de Rafael Peçanha. Todos conhecemos Rafael, ele fez um trabalho excelente como vereador, sempre atento aos problemas da cidade e à busca de soluções, e leva a política com ser

Perfumes Dama da noite Por seu olor, Transporto-me às noites de domingo. Minha tia ao portão, Os avós, Sentados nos lugares de costume, Um brilho nos olhos aos nos verem. Carinho, Acolhimento E, na despedida, Vovô, com seu doce e brilhante olhar azul a dizer: "Tula, em frente, sempre em frente!". Manacá   Seu perfume interrompe meu rápido caminhar, Atrasada, Em cima da hora, A princípio, com pensamento nas aulas. Posteriormente, aos 20 anos, Olha ele aí, novamente, A cruzar meu caminho  Com seu cheiro suave, Um aroma que, num átimo, Transporta-me para um lugar leve, Refrescante, Fluídico até. Tira-me da concretude, Arrebata pra longe qualquer pesar E me inunda de sensações  De um suave e iluminado amanhecer, Como se o caminho,  Naquele instante fugaz, Se transformasse em um céu azul, Com um horizonte aberto  Para o qual eu flutuava. Naquele curto instante, Com certeza viajei ao paraíso para, Logo em seguida, Voltar à concretude habitual. Luciana G. Rugani

Caros leitores, Apresento pra vocês os dois vídeos que fiz por ocasião do 2° Encontro Literário Aldeense - 2° ELA. Foram minhas duas apresentações públicas no evento. No primeiro deles, participo de um show de dança cigana promovido pelo grupo "Ciganeando por Aí". No segundo, faço uma palestra de incentivo literário e apresento meu poema "Sal em Memórias", vencedor do 3º lugar do Prêmio Teixeira e Sousa de Literatura, da Prefeitura de Cabo Frio. Nessa palestra, falo sobre o "fazer poético", explico estrofe a estrofe o poema e falo um pouco sobre a história de nossa região. Seguem: Luciana G. Rugani

Hoje, no Blog do Totonho , meu texto é sobre o Encontro Literário Aldeense - ELA, que aconteceu no último fim de semana. Falo um pouco também sobre a Academia de Letras de São Pedro da Aldeia - ALSPA, sobre o grupo Ciganeando Por Aí e sobre alguns membros de nossa ALSPA que propagam o legado de grandes escritores nacionais:  No último fim de semana, aconteceu o 2° Encontro Literário Aldeense - 2° ELA, na Praça da Matriz, na cidade de São Pedro da Aldeia. O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Cultura em parceria com a Academia de Letras de São Pedro da Aldeia - ALSPA, e contou com várias atrações como exposição de livros, painéis literários, exposição de artesanato, dança cigana, shows musicais, apresentações de trabalhos artísticos premiados em editais culturais e microfone aberto para declamações poéticas e palestras literárias. Na noite de sexta-feira, aconteceu também o jantar de comemoração de aniversário da ALSPA, com a outorga de títulos, entrega de homenagens e po

Qual seria, na atualidade, o conceito de "progresso", "melhora", "evolução"? Vale a pena refletir nas palavras e em seus significados contextuais para não ser levado por tantas marés de bordões e frases feitas.  Falo sobre isso em meu artigo de hoje no Blog do Totonho :  Vivemos em uma sociedade rica de bordões e de palavras frequentemente lembradas sob um só significado, e raramente pensamos sobre elas. Utilizamos frases feitas e repetidas inúmeras vezes, sem nos atermos à variedade de conteúdo que podem representar dentro dos mais variados contextos. E assim costumamos ser como "estações repetidoras" dessas frases e até de lemas criados intencionalmente como forma de promover algo ou até pessoas. Quando se cria essa repetição em forma de bordões, vende-se uma imagem como se aquela fala, ou aquele objeto, ou aquela pessoa, bastasse para a obtenção de algo tão desejado. Pode-se também vender uma ideia baseada em um significado totalmente fora do

O Amor Amor, Essência do ser Existe onde há viver. Somos ainda crianças a aprendê-lo Ainda o apequenamos, Ainda o humanizamos. Encaixamo-lo nos moldes de nossas                                              [mazelas Assim acreditamos possuí-lo. Qualquer definição é incapaz De expô-lo em totalidade. Viver é exercitar o gérmen Do amor que há em nós. Amar é cultivar Sejam flores, amigos ou amores. E cultivar é doar Paciência, tolerância, entendimento. Amor não é forma, Não é palavra sem verdade. Amar é dispor-se a construir, Dispor-se a conciliar, A compreender diferenças. Cada ser é um universo, Uma realidade própria, O amor é o fio que os conecta. O que seria o ódio, Senão o amor esquecido? O amor nada no rio de nossas                              [imperfeições. Às vezes, apenas delas lembramos, Somente a elas nos doamos. O amor vive na liberdade do ser, Em seres livres, de fato. Sem personalismos, Sem posses, Sem egos. Um dia o alcançaremos Se, a construí-lo, nos propusermos. Luciana G.

H oje, no Blog do Totonho , foi publicado o meu texto "As praias e as 'cortinas": Quando conheci a nossa belíssima Região dos Lagos, eu tinha 16 para 17 anos. A partir daí, nossas praias tornaram referência de beleza para mim. Conheci outras regiões litorâneas do país, mas não encontrei praia como as nossas. Em Cabo Frio, temos o exemplo da Praia do Forte. É difícil encontrar outra de areia tão clara, de tão larga extensão e do tipo "praia rasa", que é aquela que, ao entrar no mar, a profundidade se dá pouco a pouco. Lembro que, quando estivemos em Ponta Negra, na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, logo de manhã a praia chamou nossa atenção pela largura e por ser uma praia do tipo rasa, porém, por volta de meio-dia para frente, o mar toma toda a extensão da praia e, com tanta força, que torna impossível frequentá-la após meio-dia. Em outras praias do país, há também aquelas cuja orla foi tomada por grandes edifícios e, portanto, o dia torna-se curto em razão

Em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente O Mar Origem da vida, Acolhe as lágrimas da terra, Terra que chora em densa lama. Brinca com o vento, E o vento, a ele dá formas. Segue o ritmo que lhe cabe Às vezes gentil, por vezes feroz. Em seus limites, O homem avança e cobiça. Mas ele segue, Prossegue a missão. Tal um ser que sente, Observa, Percebe, Porém sabe que tudo passa, Sabe que, um dia, Naturalmente, No tempo certo, Entre idas e vindas, Retornará à origem. E tudo que se fez, Sem limite e sem amor , Pro seu interior rumará. Luciana G. Rugani

Saiu a edição 51, mês de maio, da Revista Digital Aldeia Magazine, com minha coluna "Cantinho das Ideias", na página 112. Nesta edição, falo sobre as praias de nossa região e abordo também a importância de que todas as praias do litoral brasileiro continuem sendo um espaço público democrático para uso de todos:  Luciana G. Rugani

Haikai  Leitura Tarde que passa Palavras no silêncio Revela-se a obra Luciana G. Rugani, 29/5/24 Poema Consciência Com Sabedoria e Ciência Observar além, Mergulho profundo, Olhar com amplitude Contemplar Os vários focos Os vários seres que, Ao fim, São vários "eus". Compreender a essência A polpa além da casca Refletir, Olhar com olhos do sentir. Luciana G. Rugani, 29/5/24