Força Feminina
por Hairon Herbert de Freitas
A força que as mulheres empunham transmite-se ao longo das décadas e destaca-se nas vozes das cantoras Starling Arrow, na sabedoria de Cora Coralina, na sagacidade de Carolina de Jesus, na inteligência e coragem de Marie Curie, na nobreza de alma da Irmã Dulce, na disposição de enfrentamento de Joana D’arc, na santidade operativa de Madre Teresa de Calcutá, na heroína de dois mundos (Brasil e Itália) Anita Garibaldi, na jovem guerreira Malala Yousafzai, na apresentação ao mundo, por Anne Frank, do maior genocídio de todos os tempos, na persistência de Indira Gandhi em prosseguir na luta, até ser assassinada por dois de seus guarda-costas, em 1984.
São incontáveis os exemplos de mulheres que fizeram a diferença ao longo dos tempos. As mulheres não só inspiraram mudanças que as favoreciam, como também as que retratavam a minoria, os invisíveis, os esquecidos vistos como empecilhos em nossa sociedade. As mulheres abraçaram a luta do racismo, da fobia de gêneros, dos necessitados, dos famintos, dos alcoólatras, dos drogados, tomando a frente em diversas representações no trato com os desmandos governamentais, como o exemplo de Madre Teresa e Irmã Dulce, quando enfrentaram, de forma lúcida, os momentos mais difíceis no trato com as respectivas administrações locais.
Encontramos exemplos, na família, da força da mulher. Não temos exemplos positivos somente naquelas que se destacaram em nossa sociedade. São comuns depoimentos sobre mães, ou sobre outras mulheres da família, colocando-as como pessoas que acolhem, que toleram as dificuldades nos relacionamentos, que promovem os que querem crescer profissional ou emocionalmente, que buscam compreender os filhos e que sonham com um futuro promissor para seus entes queridos.
Além de mulheres, encontramos poetas, escritores, artistas, pais, avós, filhos, trabalhadores e maridos que valorizam e sabem da importância dessas mulheres que modificam, constantemente e para melhor, o nosso modo de vida. Sabemos da importância de valorizar o que é certo, e jamais foi certo subjugar uma mulher, controlá-la ou agredi-la de forma baixa e vil, e por meio de violência física, emocional ou patrimonial, como, infelizmente, ainda ocorre com muitas mulheres ao redor do mundo. Dentro desse entendimento, percebemos que toma força um novo modelo que busca mais rapidez no cumprimento da justiça, no sentido de dar um basta em quaisquer tipos de violência contra as mulheres.
Nos dias atuais, muitas mulheres reconhecem a sua própria importância, tornam-se realizadoras em razão de sua força natural de ser, exercitam, pela autorização divina, uma consciência apaziguadora e profundamente sensata. Elas não mais aceitam imposições de mentes desequilibradas e doentes, que querem sobreviver como um organismo arcaico, jurássico, que se tornou doente e insano ao longo do tempo. Com essa nova mentalidade sendo difundida e alimentada, tudo vai tomando força e firmando-se em conformidade com a estatura em que a mulher se posiciona a caminho de uma nova era, um novo tempo, em que todas e todos serão tratados com respeito e com amor.
Hairon Herbert de Freitas
Verdade, pena que as mulheres ainda são pouco consideradas pelo valioso trabalho que exercem em prol do bem social!
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