Saiu hoje a edição 23, mês de novembro, da Revista Digital Aldeia Magazine, com minha coluna "Cantinho das Ideias", na página 98.
Nesta edição, falo um pouco sobre Cabo Frio, por ocasião de seu aniversário de 406 no último dia 13, e compartilho um dos poemas que fiz para nossa cidade:
ANIVERSÁRIO DE CABO FRIO
No dia 13 passado, Cabo Frio completou 406 anos de fundação. Uma data festiva, que não podemos deixar passar em branco.
As datas comemorativas existem para chamar-nos à reflexão sobre seu objeto. O aniversário da cidade é uma época em que sua história fala mais alto e nos clama a conhecê-la mais profundamente. Assim, unimos o conhecimento de seu passado à nossa vivência do presente e entendemos melhor a razão de hábitos culturais e as "engrenagens" de movimentação da sociedade.
Cabo Frio é uma cidade riquíssima em potencial cultural. Aqui há muitos artistas de qualidade, nas mais diversas áreas artísticas. Em relação à natureza, praias lindíssimas que merecem ser tratadas com todo cuidado e atenção e trilhas ecológicas que levam a paisagens deslumbrantes. Rios, mares, laguna... a maior laguna hipersalina do mundo está aqui em nossa região! Em relação à história, temos pontos relevantes de registro da história da cidade e do país que são preciosidades a serem preservadas, como, por exemplo, o Charitas, a Igreja de São Benedito e a Fazenda Campos Novos.
Sabemos que Cabo Frio viveu, recentemente, um período difícil em função da desordem financeira. Sabemos que, nos últimos anos, os problemas se acumularam. Reconhecemos ser importante "arrumar a casa", no sentido financeiro, e sabemos que isso leva tempo. Nesse contexto, é preciso que não deixemos que os problemas destruam nossa vontade de fazer o nosso melhor por nossa terra, que não deixemos de perceber e de valorizar toda essa riqueza de natureza e de história. É essencial que a aridez dos tempos difíceis não seque nossos sentimentos e valores mais nobres, não derrube nossa vontade de conhecer, pesquisar e preservar nossas preciosidades. A arte, a poesia, muito nos ajuda nesse sentido, pois exercita nosso sentir de maneira mais profunda, possibilita nossa reconexão à essencialidade das coisas, ressignificando nosso proceder enquanto seres humanos e também enquanto cidadãos. Por isso, hoje compartilho com vocês o poema que fiz há algum tempo e que é um dos meus preferidos. Convido todos a voarem comigo pelos céus de Cabo Frio, contemplando, em profundidade, alguns de seus cantinhos preciosos, para que, assim, nosso sentir nos conecte cada vez mais à plena e real noção de cidadania que nos cabe desempenhar.
Parabéns, cidade linda!
ENCANTOS DE CABO FRIO
Não posso descrever todos teus encantos!
Como um pássaro, prefiro voar.
E, lá do alto,
admirar,
cantar tuas belezas.
Praia do Peró,
natureza em profusão.
Na extremidade,
a concha que se abre
revela preciosidade:
Praia das Conchas!
Sobre a harmonia celestial deste conjunto,
o pássaro segue voo!
Praia do Forte,
história e natureza
em perene união.
O mar azul e a areia branca a fazem dar as mãos
à linda Praia das Dunas,
obra do vento artesão.
O pássaro vai mais além,
sobrevoa o antigo convento
viaja no tempo,
revigora-se no Morro da Guia.
Em voo rasante,
passa no Canal do Itajuru.
Absorve história e cultura
ao sobrevoar o Charitas
e o Largo São Benedito.
Sobre a Laguna de Araruama,
o pássaro volta.
Descansa no galho de uma árvore
e deslumbra-se com o por do sol
na Praia do Siqueira.
Ele sabe que ainda há muito mais!
Até o Rio São João,
há matas, parques,
Fazenda Campos Novos!
Descansa nas asas do Anjo Caído
e ali ele canta!
Canta livre,
celebrando a liberdade,
celebrando a vida,
o seu canto de gratidão.
Luciana G. Rugani
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