Segue abaixo a minha coluna na Revista Digital Aldeia Magazine, edição 15, 1ª quinzena de maio 2021.
Nela falo sobre a importância de nos conscientizarmos em relação ao lixo nas praias e fazermos nossa parte, cada um contribuindo dentro do seu possível.
Caros leitores,
É impressionante a quantidade de lixo, em sua grande maioria plástico, que segue todos os dias para os mares!
Dias atrás tivemos a formação de um ciclone subtropical na costa brasileira, o que causou ressaca nas praias de nossa região. E, durante as ressacas, pudemos observar o quanto de lixo que chega, trazido pelas águas, e o quanto de lixo, descartado na areia, que segue para o oceano.
Em uma breve caminhada pela praia, em um desses dias de ressaca, nos dispusemos a recolher um pouco do lixo que encontrávamos pelo caminho. O resultado foi este revelado nas fotos: enchemos nossa sacola! São tampinhas, garrafas plásticas, embalagens descartáveis, cacos de vidro, etc. Todos objetos que poderiam muito bem ter sido descartados de maneira regular e em locais apropriados. O descarte em locais apropriados é o mínimo cuidado que se deve ter. Nem irei abordar aqui a questão da reciclagem e reaproveitamento. Se os seres humanos tivessem o cuidado de simplesmente não abandonar nas ruas ou na areia os objetos que descartam, já seria um enorme ganho para a natureza. Quantos animais marinhos morrem todos os dias por ingestão destes objetos descartados! Frequentemente vemos tartarugas mortas nas praias, com seus estômagos cheios de plástico!
O período compreendido de 2021 a 2030 foi classificado como a "Década dos Oceanos" pela Organização das Nações Unidas - ONU, justamente para buscar maior conscientização da sociedade em relação ao tema.
É importante que a população se conscientize de que cada pequena ação de cada ser humano pode fazer muita diferença, pois a ela somam-se muitas outras. E, se eu faço a minha pequena parte, além de contribuir para que não haja maior acúmulo de lixo, eu posso ajudar na conscientização de outras pessoas. Quantas vezes observamos pessoas totalmente distraídas, sem a menor percepção da questão, verem, a seus pés, materiais sendo levados pelo vento até a água e nada fazem para impedir. Não despertaram ainda para a gravidade desse assunto e, muitas vezes, podem ser tocadas por uma atitude consciente de outra pessoa ao seu redor.
Por fim, somos aquilo que semeamos. Construímos o mundo de acordo com o que geramos ao nosso redor, portanto, ainda que outros não compreendam a importância de pequenos gestos conscientes, ainda que uma ação individual possa parecer minúscula perante a grandiosidade do ambiente, o que vale é nossa consciência alinhada com a promoção do bem e com a preservação e cuidado com a natureza. Fazer a parte que nos cabe, dentro do que nos é possível, para que sejamos agentes promotores da vida, durante todo o tempo que durar nossa estada neste planeta.
Luciana G. Rugani
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