Zirk Botha, de 59 anos, levou 71 dias na travessia que começou na Cidade do Cabo
Depois de 71 dias remando sozinho e enfrentando algumas tempestades em alto mar, o sul-africano Zirk Botha chegou a Cabo Frio neste domingo (28). Na bagagem, além de histórias, ele também trouxe dois recordes mundiais: o primeiro, de travessia do Oceano Atlântico num barco a remo, que até então era de 92 dias e pertencia a outra dupla sul-africana, Braam Malherbe e Wayne Robertson, em 2017. E o segundo, como a primeira pessoa a remar o percurso sozinho e sem o apoio de qualquer embarcação de segurança.
Na chegada a Cabo Frio, apesar da alegria pela conquista, Zirk enfrentou um pequeno problema: extremamente cansado depois de remar por cerca 7,2 mil km ou 4 mil milhas náuticas, o sul-africano, que é ex-oficial da Marinha, precisou enfrentar o mar batido (uma das características da região). Para motivá-lo a concluir a missão, um grupo de praticantes de canoa-havaiana o recepcionou próximo à Ilha dos Papagaios, e acompanhou o restante do trajeto até o Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ), no canto da Praia do Forte.
"Agradeço pela recepção calorosa que tive aqui em Cabo Frio. Fiquei muito feliz em ver a preocupação de vocês com a conservação do Oceano Atlântico. Estou muito ansioso para conhecer melhor a cidade", comentou o remador.
A aventura de Zirk teve início na Cidade do Cabo no dia 19 de dezembro de 2020 com um pequeno barco construído por ele mesmo e projetado pelo britânico Phil Morrison. Entre os objetivos, além da quebra do recorde mundial na travessia, estava a missão de espalhar a mensagem sobre a importância da sustentabilidade. Para isso, durante todo o trajeto, ele se alimentou com sopas conservadas à vácuo, e ingeriu água do mar filtrada num processo de dessalinização com a ajuda de um aparelho movido a energia solar.
Todo o percurso da travessia foi compartilhado no Instagram de Zirk (@zirk_botha), inclusive o jantar da noite de réveillon em alto-mar, acompanhado de vários comentários de amigos e curiosos que acompanharam a jornada de forma virtual. Agora, o sul-africano vai regularizar sua entrada em solo brasileiro junto à Receita Federal.
Texto e fotos: Prefeitura de Cabo Frio
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