E o racional nos transporta à ilusão: o pensamento quer chegar mais próximo possível da essência, então capta aquela impressão que lhe vem, agarra-se a ela, tornando-a real pensando estar assim aproximando-se da essência real do objeto observado. E na maioria das vezes o que ocorre é justamente o contrário, um afastamento cada vez maior da percepção da essência, o que gera conflitos. O Eu se perde nos entrechoques realidade-imagem, tornando-se vítima de um ou de outro, até chegar no ápice do conflito (e também o início do processo de reorganização mental) que é quando se percebe que tudo não passou de uma ilusão. Fica a pergunta: como descobrir a essência real? Será por meio da intuição? Como chegar até ela, considerando que o pensamento nos transporta à ilusão?