E vivemos os últimos instantes de 2020! Um ano difícil, mas não direi que foi um ano negativo.
Considerando que estamos de passagem nesta Terra para nosso aprimoramento enquanto seres espirituais, e considerando também que Deus utiliza as experiências de vida para esse propósito, podemos dizer que foi um ano rico de aprendizado nesse sentido. Muitas lições nos estão sendo transmitidas por meio dessa pandemia. Podemos aprender muito com experiências na própria pele ou por observação das experiências de outras pessoas.
Penso que este ano serviu como diagnóstico das mazelas de nossa sociedade. Os pontos principais para a prevenção da covid-19 são ações que têm por base a solidariedade e respeito com o outro. Nos últimos tempos, nunca uma doença nos alertou tanto para ampliarmos nosso foco, para olharmos além de nossos próprios umbigos. Seja por meio das ações que envolvem respeito ao outro, como as medidas preventivas, como também ao chamamento de ações solidárias em auxílio das pessoas com dificuldades para comprar seus alimentos.
O isolamento social, necessário para conter a pandemia, clama por extensão de braços solidários! As pessoas precisam entender que o abraço não deixou de ser dado, mas apenas mudou de forma! As mãos não deveriam se soltar, muito pelo contrário! Mas a força do abraço e do aperto de mão será por meio da extensão da solidariedade, do respeito, do amor e da empatia, do saber se colocar no lugar do outro, perguntar como está, dar uma palavra de força, um gesto de carinho, ou uma contribuição para minimizar carências básicas. Parece um paradoxo, mas não é: o isolamento nos conclama à união! Não à união física, muitas vezes somente aparente, mas à união verdadeira dos corações em prol do bem estar de todos, à quebra de muros e barreiras, ao fim de tantas divisões e preconceitos.
Este tempo de tanta dor, que vivemos atualmente, trouxe à tona as principais mazelas da sociedade que advêm do orgulho e do egoísmo. Na política, vimos uma intensificação das divisões, exatamente o que precisamos abolir! Se o bem coletivo fosse o foco principal, ao invés de tanta disputa ideológica, já poderíamos estar em melhores condições de vencer essa doença. Precisamos acabar com esse fla-flu de direita/esquerda em política. Parar de achar que uma pessoa é de um time e outra é de outro e que, por isso, são inimigas. O time deveria ser somente um: o bem coletivo. Ideias divergentes deveriam, por meio de debates respeitosos, convergir para a premissa maior do bem comum, e acabar com essa guerra e disputa ideológica que não agrega, não leva a nada.
Desejo a todos um 2021 com mais lucidez a respeito da lição trazida pelo ano que se vai. Vivemos um tempo em que, justamente por ser um tempo de duras provas, nosso planeta está sendo inundado de energias do Mais Alto. Mas, para recebê-las e obter delas o maior proveito em prol de nosso refazimento, precisamos abrir nossos olhos para essa realidade viva por trás de toda essa dura experiência. Precisamos estimular o que há de bom em nós, as virtudes que somos chamados a exercitar, e trabalhar para reduzir nossas mazelas, parar de alimentar o mal em nós para, assim, buscarmos a real sintonia com o Divino.
Feliz ano novo para todos, e que sejamos sábios o suficiente para fazermos dele um ano com mais alegrias que tristezas.
Luciana G. Rugani
Perfeito. Feliz ano novo 😊❤️🙌🌿🌺🍃
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