Tendo em vista as comemorações referentes ao "Dia Nacional de Luta pelos Direitos da Pessoa com Deficiência", em 21 deste mês, vamos relembrar um pouco sobre como se deu o início da acessibilidade urbana na cidade de Cabo Frio (RJ).
Por volta do final dos anos 90 e início dos anos 2000, a questão da acessibilidade tomava força a cada dia no país e, principalmente, nas capitais. No interior do estado do Rio, também começava a dar seus primeiros passos. As pessoas com deficiência constituíam, na época, 10% (dez por cento) da população brasileira. Hoje essa porcentagem está em torno de 25% (vinte e cinco por cento).
Nessa época, começava a consolidar-se um movimento de pessoas com deficiência, liderado pela cadeirante Maria Helena Barbosa Ribeiro, que almejava uma cidade com maior acessibilidade nas ruas, avenidas e próprios públicos. Desculpem-me por não nomear todos os representantes deste movimento, pois não me recordo de todos e por isso prefiro não arriscar mencioná-los. Mas destaco, para representá-los, a cadeirante Elizabeth Marge, nossa querida Beth. Destaco também Joelma Fidalgo, que na época já coordenava uma casa de apoio que até hoje abriga projetos para a acessibilidade.
Estas pessoas viram a oportunidade e momento certo para semear as ideias sobre a acessibilidade urbana. Faziam participações em entrevistas, tanto em programas locais, como o programa de Amaury Valério, como também em programas de alcance nacional (programa da Ana Maria Braga).
Elizabeth Marge foi colocada em contato com o grupo de engenheiros e arquitetos responsáveis por projetos e obras públicas para que fosse por eles ouvida em relação aos quesitos para que todas as obras fossem acessíveis. Elizabeth opinava e comparecia in loco para verificar as obras sob o ponto de vista da pessoa com deficiência. Várias obras foram realizadas em conformidade com as exigências legais da acessibilidade e aferidas pessoalmente por Beth.
E assim, após seguidas reuniões e entrevistas, o tema foi tomando corpo. Nascia assim a acessibilidade urbana em Cabo Frio!
Sabemos que a cidade ainda tem muito o que avançar neste assunto. A luta do segmento prossegue, e ainda há muito o que fazer. Mas acho importante que todos nós conheçamos o início deste trabalho, empreendido com tanto esforço e garra por essas pessoas pioneiras que fizeram parte do movimento inicial e, em nome das quais eu cito Elizabeth Marge, para que todos nós, cidadãos, possamos nos inspirar nele para adquirirmos força na busca de uma cidade acessível para todos. Vale lembrar que acessibilidade é importante não somente para pessoas com deficiência, mas também para idosos e para qualquer pessoa, seja de que idade for, que tenha alguma dificuldade de locomoção, momentânea ou não.
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