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Mostrando postagens de março 22, 2017

MULHERES COM DEFICIÊNCIA E A ACESSIBILIDADE ATITUDINAL

por Deborah Prates Sou Deborah Prates, advogada, feminista e pessoa cega. Penso que este espaço seja bem importante para discutirmos as nossas desigualdades, já que somos - também - relevantes para a manutenção do Estado Democrático de Direito. Se as mulheres sem deficiência estão dando os seus primeiros passos (com muita justiça), as mulheres com deficiência ainda estão em fase gestacional. Precisamos desenvolver a sororidade para que as mulheres com deficiência possam nascer e caminhar de mãos dadas com as suas iguais sem deficiência. É muito comum, sob o enfoque da vertente interseccional, as pessoas confundirem a opressão por gênero com a opressão pela deficiência. De fato, as opressões se misturam. Assim, a violência contra a mulher com deficiência "normalmente" é reduzida e conduzida ao espaço das pessoas com deficiência. Precisamos começar a enxergar além da deficiência a mulher. Logo, a primeira grande violência que sofremos é o não reconhecimento como iguais