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Mostrando postagens de março, 2017

MULHERES COM DEFICIÊNCIA E A ACESSIBILIDADE ATITUDINAL

por Deborah Prates Sou Deborah Prates, advogada, feminista e pessoa cega. Penso que este espaço seja bem importante para discutirmos as nossas desigualdades, já que somos - também - relevantes para a manutenção do Estado Democrático de Direito. Se as mulheres sem deficiência estão dando os seus primeiros passos (com muita justiça), as mulheres com deficiência ainda estão em fase gestacional. Precisamos desenvolver a sororidade para que as mulheres com deficiência possam nascer e caminhar de mãos dadas com as suas iguais sem deficiência. É muito comum, sob o enfoque da vertente interseccional, as pessoas confundirem a opressão por gênero com a opressão pela deficiência. De fato, as opressões se misturam. Assim, a violência contra a mulher com deficiência "normalmente" é reduzida e conduzida ao espaço das pessoas com deficiência. Precisamos começar a enxergar além da deficiência a mulher. Logo, a primeira grande violência que sofremos é o não reconhecimento como iguais

ESPERA - POESIA DE REJANE JORGE

Nosso blog é aberto à participação dos amigos e seguidores, inclusive os poetas e poetisas. Nesta noite de sábado, nada melhor que uma boa música e uma bela poesia.  Ouçam a Lagos on line aqui no blog e, enquanto isso, curtam esta belíssima poesia da amiga Rejane Jorge: ESPERA Por: Rejane Jorge Nunca te vi, sempre te amei. Como explicar que me apaixonei. Apenas senti, não questionei. Meu coração ao seu adicionei. Nunca te vi, sempre te busquei. Na voz, afeto encontrei. Sua foto na memória guardei. Minha boca ao seu beijo te dei. Nunca te vi, sempre te quis. Um homem para me fazer feliz. Intenção de ser matriz. Torná-lo meu aprendiz. Nunca te vi, sempre tua serei. Jamais contigo estarei. Guardo em mim a lembrança Desse amor sem cobrança De onde não brotou uma criança Mas que guardo como herança. Meu amor te anseia com esperança Meu amor espera um dia Tê-lo sem ousadia. Espero declarar sem covardia Em seu coração fazer moradia.

A APOSENTADORIA SOB ENFOQUE DIFERENCIADO

Temos observado um alto investimento do governo junto à grande mídia no sentido de promover campanhas e programas onde são entrevistadas pessoas que se aposentaram e seguem trabalhando para complementarem a renda salarial. Como na imprensa em geral as matérias veiculadas nunca o são sem uma razão de ser, ou sem uma ideologia ou intenção por trás a ser propagada, percebe-se claramente a intenção de passar a ideia de que os brasileiros podem muito bem ter dilatados seu tempo e idade mínimos para aposentadoria, como se o objetivo de uma vida inteira de alguém fosse somente trabalhar para sobreviver, e não vemos nunca uma matéria sobre pessoas que se aposentaram e puderam ser livres para dispor de seu tempo em prol daquilo que tanto sonharam, ou simplesmente pessoas que passaram a viver realmente, muito além de sobreviver. Por que a grande mídia não produz um documentário de pessoas que se aposentaram novas e em condições ainda de fazerem aquilo que sempre sonharam? De abrir aquele neg

EXEMPLO DE ATITUDE CIDADÃ E VISÃO COLETIVA

por Luciana G. Rugani - Boas ideias casam perfeitamente com o espírito de cidadania. É o que concluímos quando observamos ações de cidadãos que se destacam pela visão coletiva e consciência de que seu estabelecimento comercial também pode contribuir para que a cidade seja um local mais agradável.  Enquanto em muitos empresários predomina ainda uma visão individualista, incapaz de ceder ou de realizar um mínimo que seja pelo coletivo, vemos aí uma consciência mais participativa em forma de ações que representarão benefício para todos. Muito além de apenas tornar seu ambiente de trabalho mais agradável, o estabelecimento realiza benfeitorias que são destinadas ao uso de qualquer cidadão. São pequenas ações locais que representam diferencial e ganho para a população. Exemplo de atitude cidadã. Fico feliz quando vejo ações criativas como essa que só representam benefício para nossa cidade, além de revelar espírito de cidadania, do qual nossa sociedade encontra-se tão carente. Merece nos

OCASO DAS ILUSÕES

Por do sol em Cabo Frio Tal como o sol poente, que furta o brilho do dia, assim é o fim do que nunca existiu, o último ato da peça encenada, o ocaso das ilusões e dos sonhos sonhados. Resta o choque de ver o ser que não é, o grito mudo das palavras falsas e o desprezo dos que não sabem amar. Luciana G. Rugani