por Luciana G. Rugani - Se observarmos a política nas esferas nacional, estadual e municipal, veremos que mudam os atores, sofisticam-se as ações, aumenta ou diminui a amplitude e complexidade, mas os mecanismos e hábitos são os mesmos. Por isso podemos aprender muito observando o que acontece também em outras cidades e também em outros estados. O importante é observarmos e sabermos extrair a ideia que poderá ser útil para nos engrandecer e engrandecer a nossa sociedade e buscarmos sua aplicação ou sua divulgação em nosso meio.
Temos aqui uma atitude de um homem público que vale a pena ser destacada e divulgada. Em Belo Horizonte, na última eleição, o Vereador Gabriel Azevedo apoiou o seu amigo e atual prefeito, mas, segundo ele, isso não quer dizer que ele tenha que aceitar e concordar com tudo que acontece na sede do Executivo e nem que tenha que aprovar todos os seus projetos. O vereador critica a fala do líder do governo, o qual teria usado um tom de que "observava com atenção" a lista de votação em plenário.
Muito bom ver o vereador contestando velhos e ultrapassados hábitos que alguns ainda insistem em praticar! Eis aí mais uma atitude que reflete o espírito de inovação na política que começa a tomar força, principalmente nas capitais, mas que também é perfeitamente possível que comece a dar frutos nas cidades do interior. Basta que haja vontade e despertamento por parte do eleitor:
por Gabriel Azevedo - Durante a campanha, muitos eleitores me questionaram, pelo fato de eu ter apoiado a candidatura do prefeito, se eu me posicionaria de acordo com o interesse dos eleitores e da população ou com os interesses do Poder Executivo. Há aqueles que me conhecem e que não precisam de explicações. Há também aqueles que estão me conhecendo. Eu disse que não era necessário sequer dúvida... Eu, ainda mais exercendo o primeiro cargo eletivo, estaria com a vontade daqueles que me concederam esse mandato. Hoje, durante a sessão legislativa, havia um projeto de interesse da prefeitura. A minha opinião era contrária. A opinião dos eleitores no app "meu vereador" foi contrária. A opinião daqueles que não votaram em mim, mas se cadastraram no app, também foi contrária. Terminada a votação, o projeto foi rejeitado. Expliquei os motivos. Não é hora de criar um fundo municipal, por mais bem intencionado que ele seja, antes de um projeto de reforma administrativa completa e com o quadro orçamentário bem destrinchado. É momento de cortar gastos e economizar. E não é que o líder de governo, vereador Gilson Reis, do PCdoB, indicado pelo senhor Paulo Lamac, que acumula erroneamente as funções de vice-prefeito e Secretário de Governo, resolveu usar um tom de quem "observava com atenção" a lista de votação? Ele não me conhece... Nem ele, nem o frustrado responsável pela articulação política da prefeitura. Acho que o prefeito anda sendo enganado por quem escolheu para a função. Fica aqui o meu alerta, a minha resposta e a minha posição direta do plenário de forma imediata e veemente! Vamos às listas então! Estou aguardando a hora certa para mostrar a minha lista. Talvez na própria Comissão de Administração Pública através de uma convocação. Nos Estados Unidos da América, o vice recebe a denominação de "quinta roda". Em bom português, trata-se de um estepe. Quando o estepe inventa de querer obter a direção, não há de se dirigir para um bom caminho... Esse é só um alerta. Meu primeiro compromisso é com quem me elegeu. (E para explicar o começo da fala: um vereador chamou outro vereador de "mariquinhas" para ofendê-lo... Claro que não é uma postura que combina com o plenário e merece nosso repúdio.)
Fonte: rede social do vereador Gabriel Azevedo
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