Navegando na internet, descobri o site Confiramais.com.br , do Recife, que trata dos grandes eventos festivos do Brasil. Este site coloca Cabo Frio entre os 10 melhores lugares do Brasil para passar o ano novo e destaca o tradicional show de fogos. Muitas pessoas se programam durante todo o ano para vir lá do nordeste, do sul ou até de outros países, para conhecer a cidade nesta época e apreciar este famoso evento que há muitos anos deixou de ser um evento regional. Sua importância para o turismo da cidade é o mesmo que a importância dos fogos de Copacabana para o Rio. E essas pessoas esperam encontrar aqui as tradicionais atrações, como o show de fogos por exemplo, que já é famoso como o 2º maior do estado do Rio.
É importante lembrarmos também que, devido à crise nacional, muitos turistas que viajariam para o exterior vão preferir destinos nacionais, e entre eles, Cabo Frio. Matéria do G1, do dia 23, abordou este assunto e reafirmou a alta taxa de ocupação dos hotéis nessa época (perto de 100%). Os mais tradicionais hotéis da cidade já esgotaram suas reservas para este ano.
Valorizar estes eventos tradicionais é questão de sobrevivência da cidade. Preservar o status conquistado nos roteiros turísticos é essencial para a sobrevivência econômica, não somente no futuro, mas no presente também, pois o turismo é a atividade que mais precisa ser promovida e incentivada no momento. Quem realmente quer o bem da cidade não deve torcer contra, desestimulando sua principal fonte de recursos nessa época de alta temporada.
Entendo que a cidade passa por dificuldades das mais diversas, porém entendo também que o tradicional show de fogos de réveillon não é simplesmente uma apresentação pirotécnica, mas sim uma atração mundialmente conhecida e procurada por turistas nessa época, faz parte do calendário oficial de eventos e atrai todos os anos mais de 1 milhão de pessoas que lotam os hotéis e comércio em geral, por isso vejo-o como um investimento. Neste tempo de crise, há alternativas para seu custeio. Pode, inclusive, ser realizado através de parceria com iniciativa privada, reduzindo assim o ônus do poder público. Mas não pode faltar, pois é um investimento que ajuda a perpetuar o nome da cidade no turismo.
Precisamos ter visão estratégica de futuro, e lembrar que é o esforço de agora é que garantirá a prosperidade do amanhã. Em nome das dificuldades, não devemos abrir mão da posição que já conquistamos. Devemos sim arregaçar as mangas e buscar alternativas. Se vivemos tempos difíceis, é essencial que haja ainda mais trabalho para preservar nossas conquistas e perpetuá-las no futuro.
Luciana G. Rugani
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