A simplicidade descomplica a alma
Por Mark Nepo, em seu livro "Satori O Livro do Despertar"
Tenho apenas três coisas a ensinar: simplicidade, paciência, compaixão. Esses são os seus maiores tesouros. "Simples nas ações e pensamentos, você retorna à fonte do ser" - Lao Tzu
Mas, afinal, o que significa ser simples?
Num mundo que é complicado, somos muitas vezes induzidos a acreditar que
ser simples é ser simplório.
Na verdade, ser simples significa viver diretamente nossas experiências,
ou seja, deixar que as coisas nos apareçam, como realmente são, e
expressar nossos pensamentos e emoções claramente.
Quantas vezes vi a reação da pessoa amada, ou de colega, e depois lutei
em particular para entender o que realmente significavam? Quantas vezes fiz tudo o que era possível, menos perguntar diretamente?
Quantas vezes me recuso a ser direto:
sem dizer o que quero, sem mostrar o que sinto, sem deixar que a vida ao
meu redor realmente me toque?
Incrivelmente, nada na natureza é indireto.
O tigre, tentando subir a montanha, alonga-se e mostra o seu esforço.
O esquilo, assustado na árvore, vacila e mostra o seu medo.
A onda, elevando-se em direção à costa, nada poupa, ao se dobrar e bater
sem parar na praia, que abertamente se desfaz, para ser abraçada.
Somente os humanos expressam uma coisa, mas querem dizer outra.
Somente nós vamos numa direção, mas desejamos ir a outro lugar.
Como em muitas outras tarefas que estão à nossa espera, a recompensa
pela simplicidade é chegarmos mais perto de nossa essência.
Parece que Lao-Tzu nos revela uma ferramenta mantida secreta, devido à
nossa relutância em aceitar a verdade.
Esse sábio antigo nos diz que "o ato da simplicidade - o de viver
diretamente é o caminho para a fonte de todo o ser".
Por isso, imploro a você que, quando se sentir perdido ou distante,
experimente ser direto, e o universo, sem uma palavra, responderá.
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