Hoje li sobre uma história que me fascinou! Uma história real, que originou um filme, lançado em 2012, intitulado "No Olho da Tempestade", mas que, infelizmente, ainda não foi lançado no Brasil (e não sei se será).
Um árabe e um judeu, antes inimigos e guerreiros que, depois de perderem seus filhos, conseguiram enxergar o conflito através do olhar um do outro, tornaram-se grandes amigos e passaram a trabalhar pela paz entre as duas nações. Um deles teve a filha morta pela explosão de um homem-bomba que estava ao seu lado. O outro perdeu o filho (ou filha, não me lembro bem agora) devido a uma bala de borracha que atingiu sua cabeça.
Ambos, infelizmente, precisaram da dor para conseguir exercer a empatia ao se colocarem no lugar um do outro e, assim, entender suas razões recíprocas. A partir daí, abriu-se-lhes a visão e perceberam que não faz mais sentido dois povos guerrearem tantos anos e que nada justifica tamanho sofrimento para tantas famílias, de ambos os lados. E foi aí que a grande amizade que se formou entre os dois deu origem a um trabalho conjunto pela paz. Hoje eles trabalham junto aos conterrâneos buscando conscientizá-los de que o melhor a fazer é buscar, no diálogo, a saída para que haja entendimento e conciliação dos interesses, e também parar de pensar que sempre o outro é o culpado de todas as mazelas, pois a guerra só tem trazido destruição e sofrimento para os dois povos.
Esse resumo do filme me fez pensar: quem sabe pequenas sementes de paz, vindas justamente do "olho da tempestade", poderão agora surgir, pois os próprios povos começam a se cansar de tanta luta e de tanta dor. Fui pesquisar e encontrei também esta página no facebook, criada por judeus e árabes que se recusam a ser inimigos (clique aqui para acessá-la).
Gostaria muito que este filme fosse lançado no Brasil, pois, além de mostrar a ânsia de paz que começa a surgir em ambos os povos, o filme nos leva a refletir em vários pontos que podemos aplicar em nossa vida diária, entre eles: 1) necessidade urgente de exercermos a empatia com o outro, seja no trânsito, no trabalho ou na família. A compreensão se faz urgente. Aprendermos a nos colocar no lugar do outro e compreender suas ações e reações; 2) pararmos de culpar o outro, seja ele nosso amigo, colega, ou até mesmo um opositor, por tudo que nos acontece de negativo. Se explodiu um conflito, há participação da outra parte, mas há nossa participação também. Com certeza também contribuímos de alguma forma, seja por ação ou omissão, para que ocorresse o desentendimento.
Enfim, a história nos ensina que precisamos ampliar mais a nossa percepção dos fatos, pois toda história tem vários lados. Nunca há somente uma versão, e, se temos nossas razões, a outra parte certamente tem as dela, e precisamos aprender e exercitar a conciliação e o respeito. E isso vale tanto para nossa vida familiar como social, e vale tanto para indivíduos quanto para cidades ou países. Vale também, e muito, para a política, pois ela tem como essência justamente a conciliação dos mais diversos interesses em uma sociedade. Política é a arte de conciliar os interesses divergentes, mas conciliar com equidade, de forma harmônica.
Acho que já é hora de refletirmos, e, principalmente, de aprendermos com o outro. Melhor observarmos e aprendermos um pouco com esse exemplo que nos dão os árabes e judeus do que insistirmos em ter a dor por professora, a dor das perdas devido a atos impensados de ódio, a dor de uma ruptura familiar ou amistosa, a dor dos corações que se desencontram.
Luciana G. Rugani
Só o amor liberta!
ResponderExcluirAmor e amor! é disso que precisamos.
Deus fala sobre amar ao próximo como a si mesmo.
Lindo!!