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HOMENAGEM AO ATOR ROBIN WILLIAMS - ALGUMAS PALAVRAS SOBRE A ORIGEM DESTE BLOG

Este blog não poderia deixar de prestar uma homenagem ao ator Robin Williams, falecido ontem nos EUA, afinal de contas foi através de um de seus principais filmes ("Sociedade dos Poetas Mortos") que conheci a expressão "Carpe Diem", escolhida como o primeiro domínio de nosso blog.
A mensagem do filme inspirou a proposta deste espaço. Identifiquei-me prontamente com ela quando assisti. Por isso resolvi adotar a expressão para denominar o blog. 
"Carpe Diem" é um termo em latim que significa "aproveite o dia". No filme, um professor, diferente do padrão comum de outros professores, estimulava em seus alunos o pensar, o debater, o questionar. Sua proposta era fazer cair por terra os bloqueios emocionais impostos por uma sociedade autoritária e cheia de regras de comportamento para que, assim, a criatividade ficasse livre para brotar e dar frutos representados por realizações pessoais, sonhos, liberdade.
E minha proposta ao criar o "Carpe Diem Luciana" foi justamente criar um espaço para me expressar, deixar meu sentimento fluir, através das poesias e desabafos, e também lançar minhas ideias, promover a reflexão, estimular o livre pensar. Foi assim que comecei. No meio do caminho acrescentei outros trabalhos, como por exemplo a divulgação da cidade de Cabo Frio e trabalhos de cidadania, mas nunca deixei de criar meus textos e poesias para justamente semear ideias, pontos de vista e sentimentos. 
Que Robin Williams seja amparado pela Espiritualidade Maior, principalmente em função das tantas mensagens positivas que passou através de muitos de seus filmes. Com certeza ele também lançou ideias, lançou sementes, das quais este blog, por exemplo, podemos dizer que, de certa forma, é um pequeno fruto. 
Abaixo segue um artigo do site "Revista de História" sobre o filme. Ao final do artigo, tomei a liberdade de negritar algumas frases principais, que traduzem a principal reflexão do filme.  Aos que ainda não assistiram, recomendo. E aos que já assistiram, vale a pena rever.

Luciana G. Rugani

“Ó, eu! Ó, vida! Entre as questões que reaparecem. Os trens de desesperançosos, cidades cheias de tolos. O que há de bom entre eles? Ó, eu! Ó, vida! Resposta: Estar aqui. A vida existe e a identidade. Essa brincadeira de poder continua e você pode contribuir com um verso.” (De Walt Whitman)
“Oh, Capitan! My Capitan!” é o vocativo obrigatório de John Keating (Robin Williams) na Welton Academy, uma escola preparatória estadunidense para lá de conservadora dos anos 50. Ex-aluno da instituição, o agora professor de Literatura e Língua Inglesa contraria a rígida metodologia da instituição, que prega os pilares da tradição, honra, disciplina e excelência, na tentativa de não só formar homens bem sucedidos, mas, acima de tudo, formar mentes.
Logo nas primeiras aulas, uma quebra de paradigma: “Abram seus livros na página 21. E podem rasgar todo o prefácio”. Para Keating, o livro-texto de poesia, indicado pela ortodoxa diretoria, pretendia transformar a beleza dos versos de Thoreau, Whitman e Byron, com toda sua subjetividade, alegorias e jogos semânticos, em simples fórmulas matemáticas.
Motivado pelo lema “Carpe Diem” (do latim, aproveite o dia), o idealista inspira seus alunos a buscarem paixões individuais, atentando para seus talentos e habilidades, a fim de transformar cada momento de suas vidas em instantes extraordinários. Assim, aos poucos, o professor conquista uma legião de jovens, que se desprende das amarras morais e religiosas pregadas não só pelo ensino, mas também por suas famílias de organização patriarcal e hierarquias bem definidas.
Todd Anderson, Neil Perry, Steven Meeks, Charlie Dalton, Knox Overstreet, Richard Cameron e Gerard Pitts. São eles quem vão reinventar a “Sociedade dos Poetas Mortos”, um clube de leitura nada convencional, fundado por Keating ainda nos tempos discentes. A questão aqui é pensar além da obviedade. Todos passam a se reunir semanalmente em uma caverna, na área externa do campus, com lamparinas e instrumentos musicais, para deixar a imaginação fluir... E a realidade transformar.

Os limites do horizonte

Longe de optar pelo recorrente “felizes para sempre”, essa é uma produção hollywoodiana que obriga o espectador a bater a cabeça contra a parede.O filme retrata o cenário do pós-Segunda Guerra Mundial, cujo cenário educacional era de baixíssima autonomia e quaisquer suspeitas contra um revolucionário fariam dele um perseguido político.
Em tempos de manifestações por reformas estruturais no país, nada como cedermos um suspiro à utopia típica da juventude.
Construir ideais, assumir posicionamentos. São atitudes que, na maioria das vezes, exigem sacrifício e dedicação. Nesse sentido, “Sociedade dos Poetas Mortos” não poderia ser mais atual.
A discussão proposta pelo diretor Peter Weir supera partidarismos, crenças religiosas e nacionalidades. É uma briga pelo Eu, pela essência. O que realmente vale a pena? O que realmente queremos deixar de nossas vidas para o mundo? Carpe Diem. “Palavras e ideias podem mudar o mundo”, já dizia Mr. Keating.

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