O apego aos bens terrenos é um dos maiores obstáculos ao nosso adiantamento moral e espiritual, pois voltamos o sentimento do amor única e exclusivamente para as coisas materiais, na ânsia de possuí-las cada vez mais.
Façamos um questionamento íntimo: a riqueza promove de fato uma felicidade verdadeira? Salientemos que não nos referimos aos frutos que advêm do bom trabalho, realizado de modo digno e usufruídos com equilíbrio. O que nos chama a atenção é o apego ao dinheiro, ao poder, cada vez mais evidente, e que absorve todos os bons sentimentos e causa frieza no coração, impedindo nosso melhoramento.
Não nos esqueçamos de que tudo o que vem de Deus retorna a Deus. Somos apenas depositários, e não donos. O Pai nos concede dons e riquezas por empréstimo, à expectativa, inclusive, de que possamos reverter o supérfluo em favor daqueles que nada têm.
No Evangelho Segundo o Espiritismo lê-se: "O que chamais de economia e previdência não passa de ambição e avareza, e de generosidade, o que não passa de esbanjamento em vosso favor." (cap.16, item 14). Explica-nos o espírito Lacordaire que nos justificamos perante a sociedade, afirmando entesourar em favor da nossa família, para deixarmos uma herança para nossos filhos, etc. Pede ele que auscultemos nossas consciências a fim de verificarmos, nessas ocasiões, se de fato é esse o verdadeiro sentimento que nos move. Ao contrário, em geral é o interesse próprio que nos impulsiona.
Que possamos nos lembrar da recomendação amorosa do Cristo, que pede que ajuntemos tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não roubam nem minam (Mt 6, 19-21).
Dediquemo-nos com afinco às questões espirituais!
Maria do Rosário A. Pereira
Jornalzinho Evangelho e Ação, mês de outubro, da Fraternidade Espírita Irmão Glacus
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