A dor certamente é um instrumento muito conhecido em nossa caminhada evolutiva. No entanto, é fato que poucos "sabem sofrer", pois a maioria, à primeira contrariedade e/ou desgosto, desanima, se revolta ou até mesmo foge do problema.
Quando Jesus disse "bem-aventurados os aflitos, pois deles é o Reino dos Céus", não se referia a todos que sofrem - pois todos que estão na Terra sofrem de um modo ou de outro, haja vista que vivemos em um planeta de provas e expiações -, e sim àqueles que bem sofrem, que sabem sofrer. E saber sofrer significa encarar as provas com resignação e coragem ao mesmo tempo, por meio da prece constante e apoiada na fé viva na bondade de Deus. Se não suportamos bem as provações, não colheremos os frutos necessários ao nosso amadurecimento espiritual.
É claro que nem sempre é fácil assumirmos uma postura edificante perante a dor, no entanto, é imprescindível que façamos ao menos uma tentativa para manter elevado nosso padrão vibratório, ao mesmo tempo facilitando o canal de comunicação com a espiritualidade, que, tendo condições, nos ajudará de imediato.
Já sabemos das justiças das aflições, isto é, o responsável por todo sofrimento que vivenciamos somos nós mesmos, por uma postura equivocada nesta ou em outra encarnação. Sendo assim, não procuremos justificativas na má sorte, na Providência Divina ou mesmo em outro companheiro de jornada para os problemas e dificuldades que nos afligem. Assumamos a responsabilidade pelos nossos atos e pela melhoria do quadro que se desenha ao nosso redor, tomando as rédeas da nossa própria existência.
O importante é saber que não caminhamos sozinhos. Jamais duvidemos da presença inconteste do Cristo em nossa peregrinação terrena. Vale a pena lembrar-mos de uma frase de Joanna de Ângelis como injeção de ânimo: "O que temos de passar, passaremos; no mais, Jesus no protege."
Sigamos de cabeça erguida perante as dificuldades da vida!
Maria do Rosário A. Pereira
Jornal "Evangelho e Ação", da Fraternidade Espírita Irmão Glacus - Agosto 2013
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