Texto que fiz em 15/08/2011, com meu pensamento sobre as datas religiosas. Há também algumas colocações do Padre Francisco, da Paróquia de São Cristóvão, em Cabo Frio, que ouvi certa vez em uma missa e que me marcaram bastante pela verdade e pelo chamamento à participação de todos nós na busca de uma sociedade mais harmoniosa e melhor para nossas vidas:
Por Luciana G. Rugani - Jesus, como grande Mestre da Verdade que é e sempre será, esteve entre nós num tempo em que não havia a facilidade de comunicação que temos no presente, mas, como para a divulgação das Grandes Verdades Universais não existem obstáculos, sua mensagem se espalhou por todo o mundo e se perpetuou mantendo-se atualíssima nos dias de hoje.
Ele veio para nos mostrar o caminho que precisamos seguir para sermos seres verdadeiramente felizes. E, sabendo que somos como “alunos rebeldes” no aprendizado, em toda sua misericórdia nos enviou também, de tempos em tempos, verdadeiros missionários de luz, como são os diversos santos e santas, beatos, padroeiros e padroeiras que conhecemos. Todos vivenciaram a mensagem de Cristo, fazendo de suas vidas verdadeiros exemplos de fé. Foram criadas datas comemorativas em homenagem a todos eles, e isso não foi em vão. Não se trata de uma simples homenagem mundana aos seres de luz. Como tudo que envolve a mensagem de Cristo tem sua razão mais profunda de ser, o objetivo destas datas é justamente propiciar um momento de reflexão, trazer uma pausa aos nossos afazeres diários para pensar, meditar no quanto estamos ou não estamos seguindo o caminho para a verdadeira felicidade, recapitular as lições e analisar o quanto aprendemos. Esta é a parte que nos cabe fazer: refletir e aplicar o nosso aprendizado. E saber que tudo está no momento certo. Agora é o momento de realizarmos a mudança em nós mesmos e, enquanto isso, confiarmos. Confiarmos em que tudo tem seu tempo certo para acontecer, a nossa ideia de tempo é diferente do tempo real. Confiar que o melhor para nós tem seu momento certo de acontecer, e que se ainda não ocorreu, é porque ainda não conquistamos a maturidade suficiente para vivenciá-lo. Precisamos aprender mais.
Me lembrei agora de umas palavras ditas pelo Padre Francisco, da Paróquia de São Cristóvão, em Cabo Frio, em uma missa que assistimos em junho e que gravei em minha memória. Foram duas coisas que mais me marcaram. Uma delas: “tem muita gente olhando para o céu e se esquecendo de olhar pro lado e enxergar seu irmão, se esquecendo de vivenciar o evangelho de Jesus”. E a outra: “a população da cidade está precisando de mais evangelho” (realmente, o mundo como um todo está carente de vivenciar o verdadeiro amor, que é o AMOR de Cristo). Então, penso que é isso que precisamos fazer. Não devemos esperar a felicidade vir até nós sem nos prepararmos para ela. É preciso que vivenciemos o evangelho em nossa comunidade, em nossas relações humanas, para que estejamos prontos para recebê-la. E essa vivência é justamente nas coisas simples do dia-a-dia, é no respeito para com o outro e com a coletividade, é nos gestos de cidadania, é na solidariedade, no amor e na amizade.
Temos tudo que precisamos: o Guia e Mestre Jesus, o “mapa” deixado por Ele (que são os seus ensinamentos) e a proteção dos santos, dos padroeiros, que são os enviados do Mais Alto, em tamanho gesto de misericórdia, para nos auxiliarem ainda mais, por meio de seus exemplos, a seguirmos o caminho do Evangelho. Quanto ao tempo, não nos pertence, não podemos controlá-lo ao nosso bel prazer, mas o temos como empréstimo. Ele está aí, é o tempo presente em que vivemos e no qual devemos realizar nossa mudança para estarmos prontos para o recebimento da Glória Maior, que é a verdadeira felicidade.
Luciana G. Rugani
Comentários
Postar um comentário