Lua,
hoje estás tão bela!
Ao ver-te assim, tão majestosa,
sinto brilhar em mim a tua luz,
inundo-me de tua força,
força esta que te faz brilhar,
ainda que a dor da tua solidão insista em te acompanhar.
Ainda que as estrelas, muitas, unidas, teimem em ofuscar teu brilho,
tu segues teu destino de iluminar, alegrar, encantar.
Lua,
es tu à noite,
e de dia o sol,
ambos a aplacar a solidão de nós,
meros mortais.
Nós, que nas noites escuras,
em que tu não estás,
ficamos perdidos,
a buscar-te o brilho na estrela longínqua,
a esperar ansiosos pelo dia,
para que o sol alimente o vazio de tua falta.
Nós,
que erroneamente julgamos tê-la conquistado,
somos agora aqueles a quem dominas,
a quem encantas,
a quem acalentas.
Lua bela, maravilhosa,
não te vás.
Já não te deixo escapar.
Em meus olhos tu ficarás,
na memória de meu ser,
tua força é minha força,
teu brilhar, minha razão.
Força viva de minh'alma,
que hoje abriga-se em ti.
Luciana G. Rugani
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