Lua, hoje estás tão bela! Ao ver-te assim, tão majestosa, sinto brilhar em mim a tua luz, inundo-me de tua força, força esta que te faz brilhar, ainda que a dor da tua solidão insista em te acompanhar. Ainda que as estrelas, muitas, unidas, teimem em ofuscar teu brilho, tu segues teu destino de iluminar, alegrar, encantar. Lua, es tu à noite, e de dia o sol, ambos a aplacar a solidão de nós, meros mortais. Nós, que nas noites escuras, em que tu não estás, ficamos perdidos, a buscar-te o brilho na estrela longínqua, a esperar ansiosos pelo dia, para que o sol alimente o vazio de tua falta. Nós, que erroneamente julgamos tê-la conquistado, somos agora aqueles a quem dominas, a quem encantas, a quem acalentas. Lua bela, maravilhosa, não te vás. Já não te deixo escapar. Em meus olhos tu ficarás, na memória de meu ser, tua força é minha força, teu brilhar, minha razão. Força viva de minh'alma, que hoje abriga