Nós, seres humanos, muitas vezes escravos da ansiedade, perdemos até mesmo a noção racional do próprio andamento do tempo no determinismo do suceder de seus dias em ritmo próprio. Completamente dominados pelos nossos desejos, nos atormentamos, atormentamos os outros e criamos situações que complicam ainda mais nossa caminhada. Fazemos o que precisamos fazer para chegar ao nosso objetivo, e nos esquecemos de que nossas ações devem parar por aí. De nada adianta nos afligirmos tentando controlar o incontrolável. O tempo e o outro são incontroláveis. O outro vai agir da sua forma e no seu tempo. O tempo vai continuar seu compasso, imperturbável a nossos lamentos e aflições. Então, para que tanto desgaste, para que tanta queixa com nosso próximo, para que tanta irritação com o outro que tem seu próprio jeito e ritmo de agir? Façamos nossa parte, e a façamos bem feita. E saibamos entregar o restante à Vida. Podemos agir dentro do que nos cabe fazer, somente isso. O que não nos cabe, cab