Tal qual noite que desce impiedosa, E leva em seu seio derradeiros raios de luz, Assim também é a dor do não vivido Que leva consigo amores vilões. Leva amores, Carrega esperanças, Apaga alegrias. De mãos dadas com o tempo, que tudo arrebata, Fogem os dois, sem remorso Deixando só o rastro De recordação e saudade. Uma lágrima que escapa, É um rio que corre Em busca da vida, Que não mais voltará. Resta o vazio do não ser, Do não estar, do não poder. Resta a lembrança sem fim De um finito querer. Luciana G. Rugan i