É certo que a internet revolucionou o noticiário. As informações chegam rapidamente, de forma quase instantânea. Pensou-se até mesmo que poderia ser o fim dos jornais e revistas de papel, mas não. O que ocorreu foi uma revolução no modo de fazer jornalismo para possibilitar adaptação a novas ferramentas existentes, através das quais o público possui uma participação mais ativa ajudando na construção e na divulgação da informação. Há, portanto, maior interação com o público leitor.
Dentre as novas ferramentas, temos as diversas redes sociais e também os blogs. Hoje há milhares de blogs multiplicando as informações, e, como tudo que aumenta em quantidade, infelizmente perde em garantia de qualidade. Por isso, neste alvoroçado mundo da informação digital, entendo que a credibilidade deva ser algo ainda mais valorizado e almejado. Assim como uma notícia falsa chega com rapidez, com a mesma rapidez ela é derrubada, levando junto o nome do blog ou do comunicador que a propagou, portanto, hoje, mais do que nunca, a responsabilidade jornalística é primordial no jornalismo virtual.
A era digital abriu leque de oportunidades para maior aprimoramento da atividade através do exercício de capacidades de organização, seleção, síntese e interpretação de conteúdo. Ampliou-se o espaço e as possibilidades de fazer algo diferente e mais criativo. Aumentaram os recursos para um trabalho com maior qualidade. Bem sucedido com certeza será o profissional que souber aproveitar esta oportunidade e que primar pela credibilidade de seu conteúdo, pois se destacará entre os milhares de meros divulgadores e propagadores de conteúdos nem sempre verdadeiros.
O Código de Ética dos Jornalistas prevê em seu artigo 4°: “o compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, deve pautar seu trabalho na precisa apuração dos acontecimentos e na sua correta divulgação.” Os princípios fundamentais (isenção, clareza, objetividade, fidedignidade e o compromisso com a verdade dos fatos e com o interesse público) afirmados antes da era digital permanecem e, mais do que isso, estão ainda mais valorizados, pois eles que levarão à separação do joio do trigo neste mundo inundado por informações a cada instante, possibilitarão uma linha divisória entre aqueles que objetivam a qualidade de seu trabalho, através de um jornalismo sério e confiável, e aqueles que almejam simplesmente popularidade e quantitativo de acessos através do lançamento e divulgação de inverdades e boatos que em nada contribuem para a formação de um público devidamente informado, muito pelo contrário, somente contribuem para disseminar cada vez mais na sociedade a insegurança e descrença.
Luciana G. Rugani
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