Nosso mundo transforma-se a cada dia. Nos últimos anos, tomou força o fenômeno da globalização, caracterizando-se como maior integração social, política, cultural e econômica entre os países. Sociedades antes aparentemente independentes hoje interdependem umas das outras. E, com o advento e evolução da internet, esta situação se intensificou. A comunicação com os quatro cantos do globo é hoje fato simples e corriqueiro, a ponto de serem criadas milhares de campanhas que correm o mundo num instante. Populares engajados promovem enquetes, votações e solicitações aos governos de países aos quais, antigamente, o acesso era difícil, quase impossível. Vivemos hoje num mundo onde as nações encontram-se cada vez mais interconectadas.
E é uma tendência sem volta que acompanha o evoluir da própria natureza. Podemos comprová-la observando o meio ambiente, os fenômenos meteorológicos e geológicos, as últimas descobertas da física quântica, ou até mesmo analisando o próprio corpo humano, onde células do organismo interagem, a todo instante, com neurotransmissores, provando, por sua vez, a interação global entre corpo e mente.
Com base em toda essa transformação e revolução que vivemos, nosso modo de ser é chamado a adaptar-se à nova “performance” mundial. No mundo de hoje, não cabe mais o individualismo exarcebado (apesar do reforço que recebe do consumismo desenfreado e do culto exagerado à imagem). Em qualquer trabalho, em qualquer meio social, a persistência no individualismo acarretará, cedo ou tarde, a falência do mesmo. No ramo profissional, crescem cada vez mais as associações, parcerias e fusão de empresas. Esta última modalidade nos mostra claramente: até mesmo para continuar a ser uma empresa, com crescimento satisfatório no mercado, a colaboração de outra se fez necessária.
As relações humanas, até mesmo pelas imperfeições das partes que as compõem, costumam ser as que mais revelam nossas dificuldades de adaptação a esse novo mundo. Enxergar, por exemplo, que não somos ilhas ao lidarmos com aquele chefe difícil ou aquele colega complicado não é algo fácil, mas, se quisermos minimizar os conflitos, será o mais indicado. Parceria em prol de um melhor trabalho não significa compactuar com atitudes e valores. A lição a aprender é justamente sabermos interagir, nos associar e fazer parcerias em prol de uma causa maior sem nos descaracterizarmos, sem deixar de sermos nós mesmos, com nossos próprios valores e modo de ser. Saber colocar para o outro, claramente e de forma natural, os limites dessa parceria. Só assim teremos minimizados os conflitos tornando possível, com menos sofrimento, obter o êxito em nossos projetos.
Por fim, para ilustrar tudo o que eu disse, segue abaixo uma historinha que recebi por e-mail:
Lição do Ratinho
Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa
abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !!
A galinha disse:
- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema
para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira !
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa
fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.
O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:
- O que ? Uma ratoeira ? Por acaso estou em perigo? Acho que não !
Então o rato voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.
No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra
venenosa. E a cobra picou a mulher... O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que
uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.
Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
Moral da História:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.
O problema de um é problema de todos!
PS.: excelente fábula para ser divulgada principalmente em grupos de trabalho!
'Nós aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos'
(autor desconhecido)
Luciana G. Rugani
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