O ser humano é um ser social, pois ninguém é auto-suficiente. Dependemos da participação de outros para nossa sobrevivência, seja nas relações de produção, de comercialização, na construção de nosso ambiente, etc. Assim sendo, o homem precisa viver em sociedade e para isso tornam-se necessárias regras comuns para manter a organização e conciliar os diversos interesses. Por isso, o homem é também um ser político.
Ser político, no meu entender, é interagir com a realidade cientificando-se das necessidades sociais e dos conflitos gerados pela diversidade de interesses e, a partir daí, colaborar na busca de soluções para os problemas existentes e caminhos conciliatórios para o convívio com as diferenças sempre em prol do bem comum.
Infelizmente, hoje em dia, o termo “política” tomou o mesquinho sentido dos conchavos, do troca-troca visando interesses pessoais. Deixou seu objetivo original de utilizar o poder para conciliar os interesses em prol do bem comum e passou a buscar o poder pelo poder. Virou uma carreira cujo objetivo é ocupar cargos de relevo através dos quais poderá ter ganhos pessoais, profissionais, status, ou seja, o meio político transformou-se em ferramenta para satisfação de interesses particulares. Houve um total desvirtuamento do verdadeiro significado de “política”.
Nos jornais todos os dias são notícias de escândalos, manipulação, jogos de poder. Em nossas cidades vemos muitas vezes um mandato inteiro dedicar-se ao diz-que-diz, aos conchavos, com conseqüente paralisia de investimentos públicos, obras que não saem do papel, e por aí vai. E, chegando ao fim do período de quatro anos, portanto ao aproximarem-se as eleições, começam a realizar, a toque de caixa, um pouco do que deveriam ter realizado durante todo o período e investem mais ainda no assistencialismo barato, que, neste total desvirtuamento, tornou-se verdadeira moeda de troca. Os candidatos se esquecem do debate de ideias, focando em fatos pessoais dos adversários que possam desaboná-los perante a opinião pública, batem por bater ao invés de centrarem nas realizações e nas propostas.
Direi que, hoje, a relação política prostituiu-se. Um dos sentidos da palavra “prostituir”, no Dicionário Houaiss, é: conspurcar (princípios e ideais nobres e elevados), em troca de interesses puramente materiais; degradar(-se), corromper(-se). Infelizmente é assim que tem funcionado: o político se deixa usar, em troca de votos, pelos eleitores ávidos por favorecimentos pessoais, e, este mesmo eleitor usa o político, pois já tem consigo formada a ideia de que é para isso mesmo que ele serve. O político aceita essa posição por ser favorável à sua manutenção no poder. Forma-se um círculo vicioso que não deixa de ser degradante para ambos. E assim, de troca em troca, o interesse coletivo vai sendo deixado para trás, esquecido, os problemas vão se eternizando para, nas próximas eleições, novamente servirem de argumento para o tão já viciado jogo político.
Não é fácil mudar uma cultura tão arraigada. Mas, ainda assim, é imperioso que haja um trabalho de conscientização para que a política se re-dignifique através da retomada de seu sentido original e verdadeiro, do seu papel conciliador dos interesses em prol do bem comum. Pelo menos é importante que haja voz alertando sobre o sentido real de algo tão crucial para a relação em sociedade. É a única forma de evoluírmos e saírmos do círculo vicioso de atraso, pobreza e exploração de uns pelos outros.
Luciana G. Rugani
Ser político, no meu entender, é interagir com a realidade cientificando-se das necessidades sociais e dos conflitos gerados pela diversidade de interesses e, a partir daí, colaborar na busca de soluções para os problemas existentes e caminhos conciliatórios para o convívio com as diferenças sempre em prol do bem comum.
Infelizmente, hoje em dia, o termo “política” tomou o mesquinho sentido dos conchavos, do troca-troca visando interesses pessoais. Deixou seu objetivo original de utilizar o poder para conciliar os interesses em prol do bem comum e passou a buscar o poder pelo poder. Virou uma carreira cujo objetivo é ocupar cargos de relevo através dos quais poderá ter ganhos pessoais, profissionais, status, ou seja, o meio político transformou-se em ferramenta para satisfação de interesses particulares. Houve um total desvirtuamento do verdadeiro significado de “política”.
Nos jornais todos os dias são notícias de escândalos, manipulação, jogos de poder. Em nossas cidades vemos muitas vezes um mandato inteiro dedicar-se ao diz-que-diz, aos conchavos, com conseqüente paralisia de investimentos públicos, obras que não saem do papel, e por aí vai. E, chegando ao fim do período de quatro anos, portanto ao aproximarem-se as eleições, começam a realizar, a toque de caixa, um pouco do que deveriam ter realizado durante todo o período e investem mais ainda no assistencialismo barato, que, neste total desvirtuamento, tornou-se verdadeira moeda de troca. Os candidatos se esquecem do debate de ideias, focando em fatos pessoais dos adversários que possam desaboná-los perante a opinião pública, batem por bater ao invés de centrarem nas realizações e nas propostas.
Direi que, hoje, a relação política prostituiu-se. Um dos sentidos da palavra “prostituir”, no Dicionário Houaiss, é: conspurcar (princípios e ideais nobres e elevados), em troca de interesses puramente materiais; degradar(-se), corromper(-se). Infelizmente é assim que tem funcionado: o político se deixa usar, em troca de votos, pelos eleitores ávidos por favorecimentos pessoais, e, este mesmo eleitor usa o político, pois já tem consigo formada a ideia de que é para isso mesmo que ele serve. O político aceita essa posição por ser favorável à sua manutenção no poder. Forma-se um círculo vicioso que não deixa de ser degradante para ambos. E assim, de troca em troca, o interesse coletivo vai sendo deixado para trás, esquecido, os problemas vão se eternizando para, nas próximas eleições, novamente servirem de argumento para o tão já viciado jogo político.
Não é fácil mudar uma cultura tão arraigada. Mas, ainda assim, é imperioso que haja um trabalho de conscientização para que a política se re-dignifique através da retomada de seu sentido original e verdadeiro, do seu papel conciliador dos interesses em prol do bem comum. Pelo menos é importante que haja voz alertando sobre o sentido real de algo tão crucial para a relação em sociedade. É a única forma de evoluírmos e saírmos do círculo vicioso de atraso, pobreza e exploração de uns pelos outros.
Luciana G. Rugani
Os desmandos, as falcatruas, as ilegalidades vem despertando em nós um horror e uma capacidade imensa de politização. Nisso ao menos são positivos. O avesso dos homens públicos nos serve de força para construir algo muito melhor do que o "ensaio democrático"produzido até aqui.
ResponderExcluir"O cuidado pertence à essência de toda a vida. Sem o cuidado, ela adoece e morre. Com cuidado, é protegida e dura mais. O desafio hoje é entender a política como cuidado do Brasil, de sua gente, da natureza, da educação, da saúde, da justiça. Esse cuidado é a prova de que amamos o nosso país" (Leonardo Boff)
ResponderExcluirSabemos que podemos melhorar como ser humano. O espaço está aberto e agradecemos as mídias sociais que desempenham um papel fundamental na educação.
ResponderExcluirBelo texto, sou novo em escrever comecei hoje mais de uma visitinha : http://andrewyuri1991.wordpress.com/2011/12/01/brasil-cegosurdo-e-mudo/
ResponderExcluirLegal texto, obrigada.
ResponderExcluirCURTAM NO FACE: The Fãs
mt bom amei, o pior é que nós o povo ainda somos obrigados a votar.
ResponderExcluirParabéns pelo Blog e sua proposta!
ResponderExcluirO problema é cultural. O mesmo eleitor que critica e pede moralidade e ética, é o mesmo que pede para "quebrar seu galho" ignorando a moralidade e a ética!
O mesmo eleitor que critica e abomina a corrupção, elege corruptos, vende seu voto, busca favorecimentos imorais para si e sua família.
O problema não é do eleitor ou do político eleito.
O problema é cultural!
Daí, não adianta trocar os políticos nem os partidos políticos, porque os substitutos repetirão os mesmos vícios dos anteriores, lembrando que os políticos são cidadãos eleitos livremente em voto secreto por outros cidadãos, dentre os quais, muitos sonham com o poder político, não para o bem comum, mas para melhorar de vida!
Cultura não muda do dia para a noite.
Portanto vamos conviver com esse cancro por bom tempo, até porque não temos educação de qualidade e nossa população não é adepta á leitura de qualidade.
Caro Osmar, gostei demais do seu comentário e acho que ele é de grande valia, merece ser publicado como destaque. E foi o que eu fiz, veja aqui neste link: http://www.cantinhodasideias.com.br/2014/08/comentario-relevante-sobre-politica-nos.html Abraços, e muito obrigada, amigo!
ExcluirEle diz q a população não tem uma educação de qualidade,mas as escola publicas não tem um bom ensino como q a população carente vai ter educação .Concordo é um ciclo vicioso todo gira em torno algo q se não for feito corretamente não vai pra frente.
ResponderExcluirMt bom gostei
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