Por Hairon H. de Freitas
A educação é um aspecto da vida que é desenvolvido com a observação, com a
elevação do caráter e dos sentimentos.
Sentimentos em nossa vida são diversos e são altamente influenciados pelo meio
em que atuamos. Se tivéssemos nascido em algum país europeu entenderíamos a educação de um
jeito diferente do que se tivéssemos nascido num país africano ou em outro
americano ou mesmo asiático.
A educação permeia nosso planeta e crescerá na medida em que compreendermos as
pessoas que nos rodeiam.
Assim é no trânsito de um grande centro urbano ou em um logradouro.
O trânsito é o momento de observação primeira, donde o ser humano se coloca
como vítima e agressor inescrupulosamente.
É no trânsito que invadimos o espaço do outro e nos consideramos invadidos e
tomamos medidas que nos fazem regredir ou nos animalizar a ponto de nos
tornarmos cegos de fúria.
Agimos como se estivéssemos em uma guerra e na guerra "vale tudo",
não é mesmo?
Crescer no trânsito exige que saibamos "deixar passar”.
Deixar passar pede de nós uma postura que deve ser trabalhada e conscientizada
desde antes de tomarmos a direção de um veículo automotivo, seja ele carro,
moto, caminhão ou até mesmo uma bicicleta que é movida a feijão.
Nossa vida está, sem dúvidas, envolvida em um trânsito que hoje faz parte de
nossas tarefas diárias, pois precisamos de nos locomover de um lado para o
outro diariamente.
Em um trânsito urbano as pessoas estão vivendo pela pressa, para a pressa e com
a pressa, e não estão esquecendo de levar no porta-mala a "ansiedade"
que, envolvida pela "agressividade", toma espaço na vida cotidiana do
homem.
A mudança de uma hora para a outra não é fácil, pois como dissemos envolve o
"deixar passar" e nós não estamos preparados para este momento até
que tomemos a atitude de não mais pegarmos a direção com esta alta dose de
agressividade saltando aos olhos.
Observemos nossa postura, antes de tomarmos a direção e veremos se estamos em
condições educadas de transitarmos com nobreza. Caso não seja possível, voltemos
nossos olhos para nós mesmos e entendamos que sermos deseducados envolve uma
perda de nós mesmos.
Esta perda é sofrida, pois ao ficarmos raivosos sentimos as altas doses de corticóides
atuando em nosso organismo tomando nossa circulação, nossos batimentos
cardíacos e digestão. Ficamos a ponto de morrer com a respiração opressa e
angustiosa e nos consideramos indivíduos que precisam ser reparados.
Ao contrário, quando tomamos a direção e não nos consideramos donos das vias e
sim indivíduos que participam do meio, comprometidos a entender e a respeitar o
outro, viajaremos através das vias com mais tranquilidade e nos sentiremos
muito melhor. Melhor a ponto de não mais nos escravizarmos pela força do hábito
que agride verbalmente ou até mesmo fisicamente.
Entendamos que não mais faz parte de nossos tempos estas medidas agressivas e o
o "deixar passar" faz parte de nossa vida em todos os momentos.
A educação é uma palavra forte e que deve ser lembrada a todo instante de nossa
vida.
Sermos gentis e cordiais no trânsito não é uma forma de se mostrar para o
outro, mas sim uma postura que deve ser incorporada no dia-a-dia.
Lembremos: "deixar passar" é o melhor para nossa vida e para o nosso
trânsito.
Disse-nos Mateus no Evangelho que Jesus nos trouxe: "Fazei ao próximo o
que deseja para si mesmo".
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